Um fato preocupante destacado pelas entidades é que crianças menores de 5 anos respondem por 40% dos casos de sarampo reportados na região. Mais da metade desses casos resultou em hospitalizações e, até o momento, foram registradas 38 mortes pela doença com base em dados preliminares recebidos até 5 de março.
Os casos de sarampo vinham diminuindo na Europa e Ásia Central desde 2017, quando 216 mil novas infecções foram registradas. No entanto, em 2018 e 2019 houve um aumento significativo, com 89 mil e 106 mil casos identificados, respectivamente. Esse cenário é atribuído ao retrocesso na cobertura vacinal durante a pandemia de covid-19, o que aumentou o risco de surtos de sarampo nos últimos anos.
A região da Europa e Ásia Central atualmente responde por um terço do total de casos de sarampo no mundo. A falta de vacinação adequada é um dos principais problemas, com 500 mil crianças na região não recebendo a primeira dose do esquema vacinal contra a doença em 2023.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa e pode levar a complicações graves, como pneumonia, encefalite, cegueira e danos ao sistema imunológico. As entidades de saúde ressaltam a importância da vacinação como a melhor forma de defesa contra o vírus e alertam para a necessidade de fortalecimento dos sistemas de saúde e confiança pública nas vacinas.
Diante desse cenário, é fundamental que os países estejam preparados para identificar e corrigir lacunas na imunização, a fim de evitar surtos de sarampo e garantir a proteção da população, especialmente das crianças. A prevenção continua sendo a melhor estratégia para combater o sarampo e suas graves consequências.