No Rio de Janeiro, existem seis hospitais federais especializados em tratamentos de alta complexidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS), fruto do período em que a cidade foi a capital do país. No entanto, apesar de já terem sido referência em excelência, essas unidades enfrentam há mais de uma década um processo de precarização que resultou em diversos incidentes lamentáveis, como desabastecimento, alagamentos, falta de equipamentos e até incêndios fatais.
A falta de concursos públicos desde 2010 agrava a situação dos recursos humanos nessas instituições, sendo necessário recorrer a contratos temporários que geram alta rotatividade entre os profissionais de saúde. As irregularidades envolvendo esses hospitais chegaram a um ponto tão crítico que o Ministério da Saúde precisou intervir, criando um Comitê Gestor para auxiliar na administração dessas unidades e iniciar um processo de reestruturação.
Dentro desse contexto conturbado, a nomeação de Teresa Navarro Vannucci foi contestada por entidades sindicais devido à sua atuação anterior na saúde municipal do Rio de Janeiro e pelo temor de que as políticas de privatização que ela defende possam ser aplicadas nos hospitais federais. As entidades expressaram preocupação com a possibilidade de repasse da gestão dessas unidades para a Ebserh e o GHC, defendendo a urgência de um concurso público e um novo plano de carreiras para garantir melhorias reais e duradouras.
O futuro dos hospitais federais do Rio de Janeiro permanece incerto, com desafios significativos pela frente e a necessidade de ações rápidas e eficazes para garantir a qualidade do atendimento e a segurança dos pacientes e profissionais de saúde que atuam nessas unidades.
