Durante a exposição, a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), Mônica Levi, destacou a importância de fortalecer a vacinação nas escolas e capacitar profissionais que atuam na imunização. Ela ressaltou a necessidade de retomar a confiança da população na vacinação e combater as notícias falsas, indicando a importância de divulgar os benefícios da vacinação.
Além disso, Mônica propôs a criação de novas estratégias de conscientização das gerações mais jovens para a vacinação contra o HPV, incluindo a produção de materiais educativos, como cartilhas, cartazes e vídeos de animação para explicar a relação entre o vírus HPV e o desenvolvimento de câncer.
A presidente da Comissão Nacional Especializada (CNE) de Vacinas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Cecília Maria Roteli Martins, reforçou a importância de intensificar a vacinação para pessoas com HIV/Aids e comunicar de forma eficiente sobre as infecções de transmissão sexual, incluindo o uso das redes sociais.
No que diz respeito ao câncer de orofaringe, a doutora Izabela Costa Santos, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), enfatizou a importância da cirurgia robótica como uma inovação no tratamento do câncer, explicando que a introdução dessa tecnologia trouxe melhorias significativas no tempo de internação dos pacientes.
A vacinação contra o HPV é considerada uma estratégia crucial para prevenir a infecção pelo vírus, sendo parte do calendário vacinal disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, a cobertura vacinal ainda está aquém do esperado, especialmente entre os meninos. As metas são atingir 90% de cobertura vacinal entre meninas de até 15 anos, mas apenas 57,2% das meninas e 37,69% dos meninos cumpriram o calendário vacinal em 2021.
O Ministério da Saúde destaca a importância da vacinação contra o HPV para pessoas vivendo com HIV, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea, pacientes oncológicos, imunossuprimidos por doenças e/ou tratamento com drogas imunossupressoras e vítimas de violência sexual, ressaltando que esses grupos são mais suscetíveis a infecções persistentes e têm um risco elevado de desenvolver câncer e outras complicações associadas ao vírus. A vacinação é, portanto, uma medida crucial na prevenção do câncer relacionado ao HPV.
