Essa ação de intensificação na vigilância se deve à confirmação de duas mortes por febre de Oropouche na Bahia, sendo esses os primeiros casos registrados na literatura científica mundial. As vítimas, duas mulheres com menos de 30 anos e sem comorbidades, apresentaram sintomas semelhantes aos da dengue e chikungunya. A secretaria ressalta a importância de uma postura atenta em relação a pessoas com sinais sugestivos de arboviroses, visando evitar complicações decorrentes das doenças.
Além disso, a pasta destaca a necessidade de manipulação correta das amostras de sangue que serão enviadas ao Laboratório Central de Rondônia (Lacen-RO), a fim de garantir a precisão nos diagnósticos. Os sintomas da febre de Oropouche incluem febre repentina, dor de cabeça, dores nas articulações e músculos, calafrios, náuseas e vômitos persistentes por um período de cinco a sete dias, com um tempo de incubação de aproximadamente quatro a oito dias.
É fundamental que a coleta de sangue seja realizada dentro dos primeiros cinco dias do início dos sintomas, seguindo o protocolo de diagnóstico das arboviroses. A febre de Oropouche tem o homem como hospedeiro principal no ciclo urbano, sendo o principal vetor o Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Até o momento, não há vacina específica ou tratamento para a doença, por isso o protocolo de manejo clínico da dengue é adotado como método de tratamento.
Essas diretrizes da Secretaria de Saúde visam garantir a rápida identificação e tratamento adequado dos casos suspeitos, contribuindo para a prevenção de complicações e a disseminação dessas doenças transmitidas por mosquitos.