SAÚDE – São Paulo vacinou mais de 11 mil gestantes contra vírus sincicial respiratório, protegendo recém-nascidos de doenças respiratórias graves desde dezembro.

Desde o início da campanha de vacinação contra o vírus sincicial respiratório (VSR), em 6 de dezembro, mais de 11.000 gestantes de São Paulo, com pelo menos 28 semanas de gestação, foram imunizadas. A prefeitura da capital paulista revelou que essa vacina exerce um papel crucial na proteção dos recém-nascidos, uma vez que o VSR é um dos principais responsáveis por bronquiolites e pneumonias em crianças com menos de 2 anos. Esse vírus é identificado como causador de aproximadamente 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias nessa faixa etária.

A vacinação, que não tem restrição de idade para as mães, é administrada em dose única a cada nova gestação, garantindo assim uma proteção imediata aos bebês ao nascer, reduzindo significativamente o número de hospitalizações por doenças respiratórias graves. Para receber a imunização, as gestantes devem se dirigir às Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Integradas, que funcionam diariamente das 7h às 19h. É necessário apresentar um documento de identidade e um comprovante da gestação.

São Paulo recebeu cerca de 34 mil doses do imunizante do Ministério da Saúde, que estão sendo distribuídas nas unidades de saúde da cidade. Para facilitar o acesso à vacina, as gestantes podem consultar a disponibilidade por meio do site “Olho na Fila”. Já a localização das unidades pode ser verificadas na plataforma “Busca Saúde”. Essas ferramentas visam otimizar o atendimento e garantir que as gestantes tenham acesso à imunização de forma ágil.

A Coordenadora de Vigilância em Saúde ressaltou a importância da vacina para proteger os bebês, especialmente nos primeiros meses de vida, quando estão mais suscetíveis a complicações graves. Statísticas de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) revelam a magnitude do problema, com mais de 43 mil casos registrados até novembro de 2025, sendo a maioria em crianças menores de 2 anos.

O manejo clínico para bronquiolite, cuja maioria é causada por infecções virais, não possui um tratamento específico, consistindo, então, em medidas de suporte, como a suplementação de oxigênio, hidratação e uso de broncodilatadores. Além disso, as equipes de saúde têm sido orientadas a atualizar o estado vacinal das gestantes, incluindo as vacinas contra influenza e covid-19, permitindo a administração simultânea com a vacina contra o VSR. As evidências clínicas sobre a eficácia desta vacina, como demonstrado em estudos, apontam para uma taxa de 81,8% na prevenção de complicações graves do VSR nos bebês durante os primeiros três meses de vida. Isso reforça a necessidade da campanha de vacinação e o compromisso com a saúde pública na proteção de grupos vulneráveis.

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