Em abril deste ano, um primeiro caso já havia sido registrado em outro cidadão paulistano. De acordo com o Ministério da Saúde, entre janeiro e novembro, 37 casos de sarampo foram confirmados em todo o Brasil, todos originados de viagens internacionais, sem qualquer registro de transmissão local. Essa informação evidência um panorama preocupante em nível global, especialmente nas Américas, onde a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) reportou 12.596 casos até o início de novembro, resultando em 28 mortes, a maioria delas no México. O cenário sugere que comunidades com baixa cobertura vacinal estão mais vulneráveis, já que 89% dos casos são de indivíduos não vacinados ou com status vacinal desconhecido.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa, que pode ser transmitida facilmente através de gotículas respiratórias. Mesmo um único paciente infectado pode propagar o vírus para até 90% das pessoas próximas que não estão imunizadas. Os principais sintomas incluem manchas vermelhas na pele, febre elevada, tosse, conjuntivite e um mal-estar geral, além de possíveis complicações graves, como diarreia intensa e pneumonia, que podem ser fatais.
Em 2016, o Brasil havia conquistado a certificação de eliminação do sarampo, com a ausência de novos casos confirmados nos anos seguintes. No entanto, a combinação de um grande fluxo migratório e a queda nas taxas de vacinação reintroduziram o vírus no país, levando à perda dessa certificação em 2019, quando mais de 21 mil casos foram registrados.
Apesar disso, em novembro de 2022, a Opas declarou o Brasil livre da transmissão do vírus, validando que não ocorreram casos endêmicos por mais de um ano. Ainda assim, a alta circulação do vírus na região das Américas resultou na revogação da certificação de área livre de transmissão endêmica. É importante destacar que o Brasil ainda detém a certificação de país livre da circulação do vírus, mesmo diante dos casos importados. Esse cenário ressalta a importância da vacinação como a principal forma de proteção contra o sarampo e a necessidade urgente de reforçar campanhas de imunização.










