SAÚDE – Rio de Janeiro Lança Plataforma Digital para Ajudar Profissionais a Avaliar Intoxicações por Metanol e Acelera Diagnósticos em Casos Suspeitos

Nesta quarta-feira, 8 de outubro, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) anunciou a implementação de uma nova ferramenta digital voltada para a avaliação de casos de intoxicação por metanol. Este recurso inovador se destina a aprimorar os atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do estado, facilitando o diagnóstico e a condução de tratamentos para pacientes potencialmente intoxicados.

A plataforma digital atua de forma automática, e entre suas principais funções está o cálculo de indicadores de gravidade da intoxicação. Além disso, o sistema fornece orientações precisas sobre o uso de antídotos e a necessidade de se realizar hemodiálise. Essa transformação digital não só moderniza o acesso à informação, mas também orienta os profissionais de saúde quanto à conduta inicial dos atendimentos, incluindo monitoramentos essenciais que devem ser realizados nos pacientes expostos ao metanol.

As orientações contidas na ferramenta abrangem diversos aspectos clínicos. Ela recomenda a avaliação da hidratação, a realização de eletrocardiogramas e avaliações neurológicas e oftalmológicas, assim como a verificação de outros parâmetros vitais. Um dos indicadores mais relevantes da plataforma é a análise da composição bioquímica do sangue, que pode revelar sinais de intoxicação mesmo antes da confirmação laboratorial, agilizando, assim, o atendimento.

A SES-RJ também se encontra de prontidão para investigar quatro casos suspeitos de intoxicação por metanol, que foram identificados nas cidades de São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Cantagalo e Volta Redonda. Até o momento, o Brasil contabiliza 24 casos confirmados dessa intoxicação, o que acende um alerta para o uso indevido de substâncias que podem ter consequências fatais.

Em um comunicado, a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, ressaltou a importância da digitalização no processo de classificação de risco. “Com essa ferramenta, aceleramos o diagnóstico e ampliamos o acesso a indicadores que determinam a necessidade de hemodiálise, além de avaliar o risco de cada paciente. As informações geradas serão fundamentais para as solicitações de transferência de pacientes e na notificação dos casos”, explicou.

Os sintomas de intoxicação por metanol incluem visão turva, desconforto gástrico e gastrite, e qualquer pessoa que apresente esses sinais após a ingestão de álcool deve procurar imediatamente a unidade de atendimento mais próxima. As consequências da intoxicação podem ser extremamente severas, podendo levar à cegueira irreversível e até mesmo ao óbito, evidenciando a urgência de um tratamento rápido e eficaz.