O HPV é reconhecido como a infecção sexualmente transmissível mais comum globalmente, com mais de 200 tipos identificados. Enquanto alguns podem causar verrugas genitais, outros tipos mais perigosos estão associados a diferentes tipos de câncer, incluindo o câncer de colo de útero. Estudos recentes indicam que a vacinação pode reduzir em até 87% a incidência desse tipo de câncer, enfatizando a importância da imunização como ferramenta preventiva, especialmente quando combinada com o uso de preservativos, que ajuda a minimizar o risco de transmissão do vírus.
A secretária estadual de saúde, Claudia Mello, enfatizou a importância dessa iniciativa, destacando que a vacinação é uma forma eficaz de proteger aqueles que não tiveram a oportunidade de receber o imunizante na faixa etária recomendada. Ela salientou que o HPV é uma “ameaça silenciosa” e reforçou a segurança e eficácia da vacina, que é disponibilizada gratuitamente.
Além de atender adolescentes e jovens adultos, o programa se estende a adultos imunossuprimidos, incluindo pessoas vivendo com HIV, transplantados e vítimas de violência sexual, que podem receber a vacina pelo SUS até os 45 anos, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde.
Tanto homens quanto mulheres podem ser infectados e transmitir o HPV. Nos homens, a infecção frequentemente não apresenta sintomas visíveis, mas pode ocasionar verrugas genitais e aumentar o risco de câncer de pênis e ânus. Para as mulheres, a situação é semelhante, com a infecção representando um risco elevado para o desenvolvimento de câncer no colo do útero. Neste contexto, a vacinação, associada ao uso de preservativos e a realização de exames preventivos, como o Papanicolau, se torna fundamental na luta contra a propagação do HPV.
Com essa nova abordagem, espera-se que a mobilização nas redes de saúde e educação consiga alcançar um número expressivo de jovens, garantindo a proteção dessa camada da população e promovendo saúde pública no estado.