A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (DF) confirmou recentemente a ocorrência de dois casos de raiva em morcegos, alertando a população sobre os riscos associados ao vírus. Em um comunicado oficial, a pasta informou que, no dia 5 deste mês, um laudo laboratorial atestou a presença do vírus em um morcego da espécie Artibeus lituratus, conhecido popularmente como morcego-da-cara-branca, que foi encontrado na região administrativa de Sobradinho. Três dias antes, outro laudo indicou resultado positivo em um espécime da mesma espécie recolhido em Planaltina.
Os morcegos em questão tiveram contato apenas com cães e não houve registro de exposição humana, segundo a secretaria. Contudo, a detecção do vírus na população de morcegos do DF representa um importante alerta de saúde pública, dado o caráter altamente fatal da raiva, que possui uma taxa de letalidade de aproximadamente 100%. A Secretaria de Saúde enfatizou a necessidade de intensificar as ações de prevenção, vigilância e controle da doença.
Em resposta ao cenário epidemiológico, a vigilância sanitária planeja a instalação de armadilhas para a captura de morcegos, a fim de realizar estudos adicionais sobre a situação. A população é orientada a relatar imediatamente qualquer contato com morcegos ou avistamentos de animais em áreas comuns ou residenciais.
As recomendações da Secretaria incluem acionar a equipe de zoonoses através dos números disponibilizados, evitar o contato direto com animais silvestres e assegurar a vacinação anual de cães e gatos. Além disso, os agripecuaristas devem manter a imunização de seus rebanhos sob supervisão da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.
Em caso de acidentes com morcegos ou animais desconhecidos, é vital higienizar a ferida com água e sabão e procurar uma unidade de saúde para avaliação da necessidade de profilaxia vacinal. Informações adicionais sobre a raiva e orientações para vacinação e manejo de animais podem ser obtidas por meio dos canais de comunicação da secretaria.
A raiva, ressaltou a secretaria, é uma doença viral que causa encefalite progressiva e é potencialmente fatal em mamíferos, incluindo humanos. O vírus se transmite principalmente por mordidas, arranhaduras ou lambeduras de animais contaminados, sendo vital a realização de esquemas de profilaxia vacinal para o controle da doença em seres humanos.