SAÚDE – Primeira pessoa com síndrome de Down habilitada para dirigir no Brasil compartilha experiências de vida e desmistifica preconceitos através do Instagram.

No ano de 2020, uma história inspiradora ganhou destaque no Brasil: Laura Simões se tornou a primeira pessoa com síndrome de Down habilitada a dirigir no país. Além dessa conquista marcante, Laura resolveu compartilhar suas experiências e mensagens de vida por meio de sua conta no Instagram. O que chama a atenção em suas histórias não é o aspecto de superação, mas sim de naturalidade.

Em um vídeo recentemente publicado por ocasião do Dia Mundial da Síndrome de Down, Laura, uma jovem de 24 anos, relata que o processo de habilitação para dirigir foi tranquilo e sem preconceitos. Ela destaca a importância da inclusão e ressalta que o que mais limita a autonomia das pessoas com síndrome de Down é a falta de inserção na sociedade padrão.

Com o apoio da família e acesso a escolas regulares, Laura teve a oportunidade de estudar e fazer amigos, com e sem a síndrome. Ela se apresenta nas redes sociais como Laura A Normal, subvertendo o termo depreciativo usado para classificar pessoas com Down e outras deficiências. Laura busca mostrar que as pessoas com síndrome de Down têm interesses e capacidades diversas, e merecem ser vistas e ouvidas com naturalidade.

Além de Laura, outra jovem com síndrome de Down que tem conquistado espaço na internet é Zoë Avancini de Jong, de 18 anos. Zoë compartilha sua rotina nas redes sociais, evidenciando sua vida com naturalidade. A mãe de Zoë, Marta Avancini, destaca a importância da família na construção da autonomia das pessoas com síndrome de Down, ressaltando a necessidade de enxergar a pessoa além da deficiência.

Apesar dos desafios e do preconceito da sociedade, jovens como Laura e Zoë continuam a perseguir seus sonhos e desafiar expectativas. Com determinação e coragem, elas mostram que é possível construir autonomia e ter uma vida plena e saudável. Laura revela que ainda é subestimada por muitas pessoas, mas mantém seu foco na conclusão da faculdade, fortalecimento da independência e interação social, destacando a importância do apoio e da inclusão para a comunidade T21.

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