Nessa farmácia, são cultivadas cerca de 30 espécies de plantas medicinais em uma área de 4 mil metros quadrados na Fazenda Nossa Senhora do Amparo, pertencente à Codemar. Além da produção de medicamentos, o projeto também visa qualificar pequenos produtores rurais para o cultivo dessas ervas, visando não apenas a saúde da população, mas também a geração de renda para os agricultores.
O coordenador do Farmacopeia Mari’ká, João Araújo, destaca a importância do projeto não apenas para a saúde humana, mas também para a saúde animal. Ele ressalta que a produção de remédios naturais também inclui medicamentos para animais de estimação, uma área que muitas vezes é desassistida quando se trata de medicamentos naturais.
Todos os produtos desenvolvidos no âmbito desse projeto são gratuitos, e aqueles que não exigem receita médica já estão sendo distribuídos, como chás, xaropes de guaco e loções repelentes de citronela. A distribuição desses produtos acontece em feiras e palestras, e há planos de ampliar essa distribuição em parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS) no futuro.
Maricá foi escolhida para sediar esse projeto por já ter ações nas áreas de agroecologia, agricultura e desenvolvimento social, tornando-se um modelo para outras cidades no Brasil. O professor Araújo destaca que a cidade está se preparando para uma economia local, regional e sustentável no futuro, indo além dos royalties de petróleo que já recebe.
A Farmácia Viva de Maricá está em fase de finalização e em breve será aberta à população, após treinamentos para agentes de saúde e a comunidade em geral. A expectativa é que esse projeto inovador seja um sucesso e possa ser replicado em outras regiões do país.