Até o momento, em 2023, foram registrados 36 casos de febre maculosa no estado de São Paulo, com 18 óbitos confirmados. O cenário é preocupante, especialmente quando comparado ao ano anterior, que registrou 72 casos e 26 mortes. Essa infecção, popularmente conhecida como a doença do carrapato, é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia e é transmitida pela picada de carrapatos.
Em resposta à situação alarmante, a Secretaria Municipal da Saúde de Salto intensificou o acompanhamento de casos suspeitos e promoveu campanhas de conscientização, orientando os moradores sobre a doença e as medidas de prevenção. Paralelamente, a Secretaria do Meio Ambiente está fiscalizando áreas potencialmente contaminadas, aplicando carrapaticida biológico e fungos naturais em locais públicos para minimizar os riscos de infecção.
Os principais sintomas da febre maculosa incluem febre alta, dores de cabeça, fraqueza, náuseas e manchas vermelhas na pele. A municipalidade ressaltou a importância de informar ao profissional de saúde sobre a exposição a áreas com vegetação, mesmo na ausência de carrapatos visíveis. Essa comunicação é crucial para um diagnóstico rápido e um tratamento eficaz, que elevam consideravelmente as chances de recuperação.
É fundamental entender que a febre maculosa não é contagiosa e não se espalha de pessoa para pessoa. Portanto, a prevenção se torna a melhor estratégia. Para aqueles que precisam visitar áreas mais propensas a carrapatos, recomenda-se o uso de roupas claras, que facilitam a identificação desses parasitas, e o uso de repelentes com os princípios ativos DEET, IR3535 e Icaridina. Além disso, a orientação é que as pessoas verifiquem suas roupas e pele a cada duas ou três horas, removendo qualquer carrapato encontrado imediatamente com uma pinça. Essa vigilância é crucial para reduzir o risco de contrair a doença em ambientes de natureza silvestre.