SAÚDE – Prefeitura de Salto interdita Parque de Lavras após três mortes por febre maculosa; casos no estado aumentam drasticamente em 2023.

Após a confirmação de três mortes por febre maculosa em Salto, no interior de São Paulo, as autoridades municipais tomaram medidas emergenciais, decidindo pela interdição temporária do Parque de Lavras, localizado às margens do Rio Tietê. Essa ação visa proteger a população, uma vez que duas das fatalidades foram de pessoas que frequentavam o parque, enquanto a terceira vitimou um morador de uma área particular da cidade.

Até o momento, em 2023, foram registrados 36 casos de febre maculosa no estado de São Paulo, com 18 óbitos confirmados. O cenário é preocupante, especialmente quando comparado ao ano anterior, que registrou 72 casos e 26 mortes. Essa infecção, popularmente conhecida como a doença do carrapato, é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia e é transmitida pela picada de carrapatos.

Em resposta à situação alarmante, a Secretaria Municipal da Saúde de Salto intensificou o acompanhamento de casos suspeitos e promoveu campanhas de conscientização, orientando os moradores sobre a doença e as medidas de prevenção. Paralelamente, a Secretaria do Meio Ambiente está fiscalizando áreas potencialmente contaminadas, aplicando carrapaticida biológico e fungos naturais em locais públicos para minimizar os riscos de infecção.

Os principais sintomas da febre maculosa incluem febre alta, dores de cabeça, fraqueza, náuseas e manchas vermelhas na pele. A municipalidade ressaltou a importância de informar ao profissional de saúde sobre a exposição a áreas com vegetação, mesmo na ausência de carrapatos visíveis. Essa comunicação é crucial para um diagnóstico rápido e um tratamento eficaz, que elevam consideravelmente as chances de recuperação.

É fundamental entender que a febre maculosa não é contagiosa e não se espalha de pessoa para pessoa. Portanto, a prevenção se torna a melhor estratégia. Para aqueles que precisam visitar áreas mais propensas a carrapatos, recomenda-se o uso de roupas claras, que facilitam a identificação desses parasitas, e o uso de repelentes com os princípios ativos DEET, IR3535 e Icaridina. Além disso, a orientação é que as pessoas verifiquem suas roupas e pele a cada duas ou três horas, removendo qualquer carrapato encontrado imediatamente com uma pinça. Essa vigilância é crucial para reduzir o risco de contrair a doença em ambientes de natureza silvestre.

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