Fontana destacou que a maioria das cidades possuem alto risco para a poliomielite, reforçando a importância de medidas preventivas para evitar a reintrodução do vírus no país. O Brasil, que eliminou a doença em 1994, tem enfrentado desafios com a queda nas coberturas vacinais nos últimos anos, com índices abaixo da meta de 95%.
A comissão emitiu recomendações ao Brasil, incluindo a necessidade de investigar as causas da baixa cobertura vacinal, como acesso limitado a doses, insuficiência de vacinas em determinadas áreas e desconfiança da população em relação à imunização. Além disso, foi sugerido que a vacinação seja priorizada nos municípios de alto risco, com a implementação de estratégias para aumentar a adesão à imunização.
Outra recomendação importante é a realização de um exercício de simulação para pólio, visando capacitar os serviços de saúde para uma possível resposta a um surto da doença. Franciele ressaltou a importância de manter as salas de vacina abastecidas para não perder oportunidades de imunização e garantir que os serviços de saúde estejam preparados para identificar e tratar casos da doença.
Diante desse cenário, as autoridades de saúde brasileiras precisam intensificar as ações de prevenção e conscientização da população sobre a importância da vacinação contra a poliomielite. A colaboração de estados, municípios e da sociedade em geral é fundamental para garantir a erradicação definitiva da doença e proteger a saúde das crianças brasileiras.