O levantamento também destacou que 76% dos participantes estão cientes de que é possível prevenir infartos, e 72% conhecem alguém que já passou por essa experiência. Esses números sugerem que a experiência pessoal contribui para a conscientização coletiva acerca dos riscos associados a problemas cardíacos.
Os hábitos alimentares e a prática de atividades físicas se destacam entre as mudanças adotadas. Aproximadamente 70% das pessoas que alteraram sua rotina passaram a se alimentar de forma mais saudável, enquanto 64% começaram a se exercitar regularmente. Além disso, 45% buscam atividades voltadas para a redução do estresse, evidenciando uma compreensão mais ampla sobre os fatores que afetam a saúde cardíaca.
Maria Cristina Izar, cardiologista e presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, celebra esses avanços, ressaltando que a crescente preocupação com a saúde do coração é um reflexo da informação disponível na sociedade. Ela afirma que a adoção de comportamentos mais saudáveis é crucial para um envelhecimento com qualidade de vida.
Entretanto, a pesquisa revelou lacunas significativas na compreensão dos sintomas do infarto. Apesar de 82% dos participantes reconhecerem que a doença pode afetar pessoas de todas as idades, 51% não sabiam que os sintomas podem variar entre homens e mulheres. Essa falta de informação é alarmante, visto que as manifestações em mulheres podem ser menos típicas, como cansaço extremo e dores não relacionadas ao peito, o que pode atrasar diagnósticos e tratamentos adequados.
Além disso, 77% dos entrevistados estão cientes de que existem diferentes tipos de colesterol, e 82% compreendem que taxas elevadas do colesterol LDL podem ser um problema em qualquer idade. Surpreendentemente, 55% sabem que níveis altos de LDL aumentam o risco de infarto, e a maior parte já realizou exames de sangue para monitorar seus níveis de colesterol.
Porém, é preocupante que 18% não compartilhem os resultados dos exames com um profissional de saúde, o que pode comprometer a interpretação adequada dos dados e, consequentemente, o tratamento. A cardiologista Izar enfatiza a importância da avaliação médica para garantir que os pacientes recebam a melhor orientação possível, reforçando que a saúde do coração deve ser uma prioridade constante.