A iniciativa visa reforçar a campanha de prevenção ao suicídio conhecida como Setembro Amarelo. Compreender os sentimentos de tristeza e desespero é essencial; o levantamento indicou que 25,2% dos participantes admitiram “não se sentir bem” no momento da coleta de dados, enquanto 30,9% se descreveram como tristes ou decepcionados, mas ainda mantendo um fio de esperança para mudanças positivas em suas vidas.
Em um aspecto positivo, a pesquisa também sugere um aumento na conscientização sobre a importância do cuidado com a saúde mental. Um dado encorajador é que 54,1% dos entrevistados afirmaram saber onde encontrar auxílio especializado, e 50,9% disseram já ter buscado tratamento com profissionais, como psiquiatras ou psicólogos. Entretanto, quando questionados sobre os serviços de saúde disponíveis, 31,6% indicaram que recorreriam ao Sistema Único de Saúde (SUS) caso precisassem de assistência, enquanto uma parte maior, 50,9%, optaria por atendimento particular. Isso levanta questões sobre o acesso e a percepção dos serviços públicos de saúde mental.
A necessidade de não enfrentar essas questões sozinho é fundamental. As orientações do Ministério da Saúde enfatizam que qualquer pessoa enfrentando tais pensamentos deve buscar apoio, seja entre amigos, familiares ou por meio de serviços de saúde. O Centro de Valorização da Vida (CVV), por exemplo, oferece um espaço seguro para conversas sobre crises emocionais, disponível 24 horas pelo telefone gratuito 188.
Esse cenário requer atenção coletiva. É essencial que a sociedade como um todo se envolva em discussões sobre saúde mental, combatendo estigmas e promovendo um ambiente de acolhimento e compreensão, onde buscar ajuda seja visto como uma atitude de coragem e não de fraqueza.