As lesões nos membros são apontadas como a principal causa de necessidade de reabilitação, com estimativas de que entre 13.455 e 17.550 feridos em Gaza sofrem desse tipo de lesão. Muitos desses indivíduos possuem mais de uma lesão, agravando ainda mais a situação.
Além disso, a OMS identificou um alto número de amputações de membros, lesões na medula espinhal, lesões cerebrais traumáticas e queimaduras graves entre os feridos em Gaza. Esses quadros clínicos contribuem para um cenário de lesões graves e duradouras, afetando, especialmente, mulheres e crianças.
A situação dos hospitais em Gaza também é preocupante, visto que apenas 17 dos 36 hospitais permanecem parcialmente funcionais devido à falta de segurança, ataques e ordens de evacuação. O centro de reconstrução e reabilitação de membros, apoiado pela OMS, foi desativado por falta de insumos e profissionais qualificados, agravando ainda mais a escassez de serviços de reabilitação na região.
Com a morte de fisioterapeutas e a falta de estoques de produtos essenciais como cadeiras de rodas e muletas, a capacidade de atendimento para os feridos em Gaza é insuficiente. A OMS alerta que a ajuda humanitária encontra dificuldade em chegar à região, dificultando ainda mais a recuperação e reabilitação dos afetados pelos conflitos.
Em meio a um cenário de destruição e falta de recursos, a situação dos feridos em Gaza é grave e demanda atenção urgente para garantir o acesso aos serviços de reabilitação e o tratamento adequado para as lesões causadas pelos conflitos.