Segundo Kluge, a mpox é transmitida principalmente através do contato da pele com as lesões e, por isso, é fundamental adotar medidas para controlar a transmissão. Ele mencionou o sucesso no controle da doença na Europa há dois anos, graças ao envolvimento direto de grupos mais afetados, como homens que fazem sexo com homens (HSH). A implementação de vigilância robusta, investigações de novos contatos de pacientes e a vacinação foram fundamentais para conter a disseminação da doença na região.
No entanto, Kluge alertou para a falta de compromisso e recursos que têm levado ao ressurgimento da doença na Europa, com cerca de 100 novos casos da variante 2 sendo registrados mensalmente. Diante da nova emergência global provocada pela variante 1, o diretor da OMS Europa enfatizou a necessidade de fortalecer a vigilância, o diagnóstico de casos e a emissão de recomendações de saúde pública baseadas na ciência.
Kluge também ressaltou a importância da solidariedade entre os continentes, destacando a necessidade de aquisição de vacinas e medicamentos antivirais para os mais necessitados, bem como ações imediatas e de longo prazo para combater a doença. Ele concluiu chamando atenção para a urgência de uma resposta coordenada, especialmente na região africana, que declarou a mpox como uma emergência continental. Em meio a este cenário crítico, a Europa deve agir em solidariedade e colaboração para enfrentar a doença de forma eficaz.