Essa pesquisa avaliou 145 mil casos de câncer de cabeça e pescoço entre os anos de 2000 e 2017, evidenciando que a falta de educação formal está diretamente relacionada à probabilidade de diagnóstico em estágio mais grave. Indivíduos com menor nível de escolaridade e condições socioeconômicas desfavoráveis foram os mais afetados, principalmente homens com menos de 50 anos, fumantes e consumidores de bebidas alcoólicas.
Os tumores de cabeça e pescoço podem surgir em diversas regiões do corpo, como boca, orofaringe, laringe, nariz, pescoço e outros. A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço destaca a importância do diagnóstico precoce, ressaltando que a maioria dos casos graves foi observada em pacientes mais jovens, com idade entre 30 e 50 anos.
Além disso, a pesquisa apontou disparidades regionais na prevalência do estágio avançado da doença, com maior incidência na Região Norte do país. Diante desse cenário, os pesquisadores propõem a implementação de ações para favorecer a detecção precoce do câncer de cabeça e pescoço.
A epidemiologista do Inca, Flávia Nascimento de Carvalho, enfatizou a importância de facilitar o acesso a consultas e exames especializados, visando agilizar o diagnóstico e o início do tratamento. Vale ressaltar que, quando diagnosticado precocemente, o câncer de cabeça e pescoço tem chances de cura em torno de 90%.
Um exemplo de superação é o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em 2011 foi diagnosticado com câncer de laringe, mas após tratamento adequado, conseguiu vencer a doença. Portanto, a conscientização sobre os sintomas e a busca por assistência médica precoce são fundamentais na luta contra o câncer de cabeça e pescoço.