SÁUDE! Mulher Hospitalizada por Uso de Ozempic Falsificado no Rio de Janeiro Alerta para Risco de Medicamentos Adulterados

Na quinta-feira, uma mulher foi admitida em estado grave no Hospital Copa D’Or, em Copacabana, Rio de Janeiro, após utilizar uma dose de um produto falsificado vendido como Ozempic. Após ter alta na sexta-feira, a paciente, que previamente utilizava a medicação sob supervisão de uma endocrinologista, começou a suspeitar da adulteração ao ser atendida no hospital por uma médica que levantou a possibilidade de falsificação. O caso foi imediatamente comunicado à Rede D’Or, que alertou o laboratório Novo Nordisk, fabricante do Ozempic, e ao mesmo tempo já tinha sido alertado sobre outros casos de falsificação no Rio de Janeiro e em Brasília.

Segundo a empresa Novo Nordisk, casos de falsificação do medicamento foram identificados em lugares específicos, como Rio de Janeiro e Brasília. As investigações iniciais sugerem que canetas de insulina Fiasp FlexTouch estão sendo reetiquetadas com rótulos do Ozempic, um procedimento que pode ter removido elementos originais das embalagens legítimas. A coordenadora de endocrinologia do Copa D’Or, Luciana Lopes, informou que a paciente entrou no hospital com sintomas compatíveis com uma doença neurológica severa, incluindo glicemia perigosamente baixa, o que é indicativo do uso incorreto de insulina em altas doses.

Enquanto recebia o tratamento emergencial, que incluiu várias doses de glicose intravenosa, a condição da paciente estabilizou e ela pôde ser liberada na manhã seguinte. As suspeitas de falsificação foram intensificadas quando a médica da emergência, ciente de alertas semelhantes em grupos médicos e em comunicados do laboratório, identificou diferenças visuais entre o produto adulterado e o medicamento legítimo.

A Rede D’Or tomou providências imediatas, notificando a Anvisa e aconselhando seus profissionais de saúde em todo o país a ficarem atentos a casos similares. Se não fosse pelo pronto atendimento, a paciente poderia ter falecido devido à severidade da hipoglicemia que enfrentou. Em resposta a esse evento alarmante, a coordenadora do hospital ressaltou a importância da população observar qualquer sinal de violação nas embalagens de medicamentos, como a diferença de cor e o rótulo indicando uma ‘nova fórmula’, algo inexistente desde a introdução do Ozempic no mercado brasileiro.

O caso está agora sendo investigado pela Polícia Civil, registrado na 13ª DP (Ipanema), com os produtos suspeitos enviados para análise pericial. Ao mesmo tempo, familiares e amigos da paciente têm usado as redes sociais para conscientizar a respeito deste grave problema de saúde pública. A Novo Nordisk, em seu compromisso com a segurança dos pacientes, continua a colaborar com as autoridades e recomenda que consumidores verifiquem minuciosamente as características das canetas de Ozempic antes de usar. A comunidade médica aguarda a continuidade das investigações para evitar que outros incidentes desse tipo venham a ocorrer.

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