SAÚDE –

MPF e Defensorias Pedem Ações Urgentes contra Calor Extremo no Rio; Grupos Vulneráveis em Risco

O Ministério Público Federal (MPF), juntamente com as Defensorias Públicas da União (DPU) e do estado do Rio de Janeiro (DPRJ), enviou um ofício para o governo fluminense e a prefeitura do Rio de Janeiro com um apelo urgente para que medidas eficazes sejam adotadas diante da grave onda de calor que aflige a região. O pedido enfatiza a necessidade de ações coordenadas e intersetoriais voltadas à proteção das populações mais vulneráveis, que se encontram em situação de risco elevado devido às altas temperaturas.

Assinado na noite de sexta-feira, o documento foi direcionado ao governador Cláudio Castro e ao prefeito Eduardo Paes, além de secretários das áreas de saúde municipal e estadual. As autoridades ressaltam que a atual situação climática está gerando um quadro de risco à saúde pública, afetando especialmente grupos que já estão em vulnerabilidade social e clínica, como crianças, idosos e pessoas com condições de saúde preexistentes.

O ofício destaca os problemas de saúde que podem ser desencadeados por esse calor extremo, incluindo desidratação, agravamento de doenças crônicas, insolação e até o que é conhecido como golpe de calor, que pode resultar em alta taxa de mortalidade. Essa situação se agrava por uma série de desigualdades sociais, tornando o impacto da onda de calor muito mais severo para aqueles que já enfrentam dificuldades.

Desde a véspera de Natal, a cidade do Rio de Janeiro está registrada em um estágio de alerta 3, que classifica o calor como intenso, com temperaturas oscilando entre 36°C e 40°C. Recentemente, os termômetros marcaram 40,1°C, um recorde para o mês, e a previsão é que o calor persista por vários dias. Essa situação levou a um aumento significativo nas internações em unidades de saúde, que registraram uma média de 450 atendimentos diários.

Os grupos mais afetados pela onda de calor incluem crianças, idosos, gestantes, pessoas com doenças crônicas e a população em situação de rua. O ofício ressalta que esta última, em particular, enfrenta riscos adicionais devido ao acesso limitado a instalações refrigeradas e à necessária hidratação.

No documento, o MPF e as Defensorias Públicas propõem uma série de medidas urgentes, como a criação de centros de hidratação nas unidades de saúde, a designação de pontos para resfriamento do público e a ampliação dos horários de funcionamento desses locais. Eles também exigem que o governo e a prefeitura apresentem, em até 24 horas, um relatório detalhado sobre as ações que serão implementadas para mitigar os efeitos do calor extremo na população, incluindo informações sobre a ativação de centros de atendimento e resgate.

A situação é alarmante e exige que as autoridades tomem providências imediatas para proteger os cidadãos, especialmente os mais vulneráveis, os quais são desproporcionalmente impactados por essa crise climática.

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