Os primeiros casos de intoxicação em 1992 ocorreram no dia 27 de dezembro, quando aproximadamente 50 pessoas buscaram atendimento com sintomas como dores de cabeça e náusea. O grande número de hospitalizações continuou crescendo e, em 5 de janeiro do ano seguinte, mais 110 internações foram registradas, consolidando a gravidade da situação. Entre esses atendimentos, quatro pessoas morreram, uma delas em Santo André, ao ser encontrada na divisa de São Paulo.
Infelizmente, os casos de intoxicação devido a bebidas adulteradas não são isolados. Em 1999, a Bahia também foi cenário de tragédias induzidas pelo consumo de cachaça contaminada, causando a morte de 35 pessoas. Mais recentemente, em Minas Gerais, a cerveja da marca Backer foi responsabilizada por um surto de intoxicação, resultando em 29 pessoas afetadas e dez mortes decorrentes da ingestão de dietilenoglicol, um elemento químico perigoso que acorreu em uma falha de produção.
Diante desse panorama, o Ministério da Justiça e Segurança Pública emitiu alertas sobre os sintomas que podem indicar a adulteração em bebidas: visão turva, dor de cabeça e náusea são sinais de alerta que não devem ser ignorados. A orientação para os consumidores é clara: ao manifestar esses sintomas, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente. Além disso, é recomendado contatar o Disque-Intoxicação ou um Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) para receber as orientações adequadas.
A prevenção e a informação são cruciais para evitar que novas tragédias como essas se repitam, ressaltando a importância de consumir apenas bebidas de fontes confiáveis e devidamente regulamentadas. A vigilância contínua e a conscientização são fundamentais para proteger a saúde pública e garantir a segurança dos consumidores.