Esta foi a terceira vez que Padilha participou da mobilização, evidenciando seu compromisso com a doação de sangue e a vacinação como medidas essenciais para a saúde pública. Nos anos anteriores, o ministro participou ativamente em mutirões de coleta de sangue, sempre ressaltando a importância da doação voluntária como um gesto de solidariedade necessária para salvar vidas. Ele está convencido de que a promoção da doação e da vacinação deve ser vista como uma estratégia integrada na melhoria da saúde da comunidade.
Um dos pontos altos do evento foi a ênfase na vacinação de gestantes contra o VSR, uma infecção respiratória que pode levar a complicações graves em recém-nascidos. O ministro anunciou que, do primeiro lote de vacinas entregues ao Brasil, 134,5 mil doses foram destinadas a São Paulo, com 34 mil para a capital. Essa campanha inicial prevê a disponibilização de 1,8 milhão de doses e representa um investimento significativo do governo federal, que visa garantir o acesso universal à vacinação.
Padilha lembrou ainda que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina gratuitamente, um benefício que contrasta com os altos custos nas clínicas particulares, que podem chegar a R$ 1,5 mil. A produção nacional do imunizante, por meio de uma parceria com o Instituto Butantan, não apenas aumenta a autonomia do Brasil, mas também amplia o acesso à vacinação, assegurando que todas as mães possam proteger seus filhos.
O VSR é responsável por cerca de 75% dos casos de bronquiolite e 40% das pneumonias em crianças menores de dois anos. Segundo dados recentes, o Brasil registrou 43,1 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave provocada pelo VSR em 2025, com uma grande parcela desses casos envolvendo crianças com menos de dois anos. A vacinação oferece uma proteção crucial, reduzindo hospitalizações e prevenindo complicações severas.
A vacina é indicada para todas as gestantes a partir da 28ª semana de gestação, sendo recomendada uma dose única a cada nova gestação. Com a chegada das doses às Unidades Básicas de Saúde (UBS), as equipes serão instruídas a atualizar a situação vacinal das gestantes, incluindo também vacinas contra influenza e Covid-19. Estudos clínicos têm demonstrado a eficácia da vacina no combate às doenças respiratórias graves causadas pelo VSR.
Assim, iniciativas como o projeto Sangue Corinthiano e a campanha de vacinação contra o VSR mostram-se fundamentais no fortalecimento da saúde pública, destacando o papel da solidariedade e da prevenção.
