A medida de notificação será feita por meio dos Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) de cada estado, um canal direto que visa fortalecer a vigilância sobre a situação em diferentes regiões do país. Durante coletiva à imprensa, Padilha ressaltou a importância dessa ação para compreender não apenas a situação atual em São Paulo, mas também possibilitar o acompanhamento de potenciais surpresas decorrentes de intoxicações em outros estados. Ele afirmou que o ministério acompanhará diariamente os dados, que podem reforçar investigações já em andamento pela Polícia Federal e pelo Ministério da Justiça.
Padilha enfatizou que a notificação deve ser feita em qualquer caso de suspeita de intoxicação por metanol, mesmo antes do diagnóstico final. Qualquer paciente que procure um serviço de saúde com sintomas como mal-estar generalizado, náuseas, vômitos ou que tenha uma história de consumo de bebidas alcoólicas de origem incerta é considerado um caso suspeito. Neste contexto, o ministro pediu que as notificações sejam feitas prontamente, sem esperar os resultados conclusivos de exames.
O número de casos notificados em agosto e setembro representa uma anomalia, visto que em um ano, o Ministério da Saúde costuma registrar cerca de 20 casos de intoxicação por metanol. Em apenas um mês, essa estatística foi praticamente alcançada, levando as autoridades a considerarem a situação uma emergência de saúde pública.
Os sintomas da intoxicação por metanol são extremamente graves e incluem visão turva, mal-estar e dores abdominais, podendo evoluir para a cegueira e até a morte. Diante de quaisquer sinais de intoxicação, é crucial que os indivíduos busquem atendimento médico imediato. As autoridades de saúde recomendam ainda que pessoas que consumiram a mesma bebida suspeita se apresentem para avaliação.
Diante da gravidade da situação, é vital que a população esteja ciente dos riscos associados ao consumo de bebidas de origem desconhecida e adotem precauções para evitar maiores tragédias.