Os recursos destinados ao programa, até então fixados em R$ 100 milhões anuais, serão elevados para R$ 130 milhões. Desse montante adicional, R$ 15 milhões serão alocados para o fortalecimento dos programas estaduais de testagem, além de financiar a construção de um laboratório em cada região do país. Essa medida é uma resposta direta à necessidade de ampliar a capacidade de diagnóstico e tratamento das doenças mais comuns detectadas pelo teste.
Outra inovação significativa é a parceria com os Correios, que contará com mais R$ 15 milhões do orçamento ampliado. Este acordo visa otimizar a logística de transporte das amostras coletadas nas unidades municipais de saúde para os laboratórios, prevendo uma significativa redução no tempo de entrega dos diagnósticos. Estima-se que o prazo médio será reduzido pela metade, podendo chegar a apenas cinco dias. Essa mudança é bastante relevante, pois a agilidade no diagnóstico pode ser crucial para o tratamento precoce de diversas condições de saúde.
Padilha ressaltou que a criação de centros de referência em cada região do Brasil é uma estratégia para garantir que estados com menor população e com desafios logísticos possam ter acesso ao exame de forma mais rápida e eficiente. Com essa medida, espera-se que a qualidade e a agilidade no acesso ao teste do pezinho sejam enormemente aprimoradas, beneficiando milhares de famílias em todo o país.
O teste do pezinho consiste na coleta de sangue do calcanhar do bebê e é essencial para rastrear doenças que, muitas vezes, não apresentam sintomas imediatos. Geralmente, o exame é realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), mas também está disponível em maternidades e em comunitárias, incluindo populações indígenas e quilombolas. A ampliação das iniciativas do PNTN é um passo importante para garantir que todos os recém-nascidos brasileiros tenham a chance de um início de vida mais saudável e com acesso a diagnósticos precoces.