Durante uma conferência com institutos nacionais de saúde pública no Rio de Janeiro, a ministra ressaltou a preocupação não apenas com os efeitos imediatos, mas também com possíveis impactos de médio prazo na saúde da população. Nísia Trindade enfatizou que, apesar da situação emergencial, o país não enfrenta uma escassez aguda de leitos neste momento.
O Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta que o Brasil registrou mais de 154 mil focos de calor até o início de setembro, com a Amazônia concentrando a maior parte. O município de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, foi um dos mais afetados, com mais de 4.200 focos detectados devido ao bioma predominante ser o Pantanal.
As nuvens de fumaça provenientes das queimadas têm afetado diversas regiões do país, prejudicando a qualidade do ar. Essa situação tem sido particularmente preocupante devido ao aumento esperado de casos de síndrome respiratória aguda grave, afetando principalmente idosos e crianças com problemas respiratórios preexistentes.
O governo, através do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), está concentrando esforços para lidar com a situação, inclusive investigando casos de incêndios criminosos. A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) está atuando para auxiliar estados e municípios a lidar com os impactos das queimadas na saúde humana.
O Ministério da Saúde orienta a população em regiões afetadas a evitar a exposição ao ar livre e a prática de atividades físicas para minimizar os efeitos da fumaça. A atuação conjunta das autoridades e a conscientização da população são essenciais para lidar com essa situação preocupante.