Além de São Paulo, que se destaca na estatística, o estado do Paraná também apresenta um número relevante, com dois casos confirmados e quatro sendo investigados. As investigações sobre possíveis intoxicações por metanol se estendem a 12 estados brasileiros, incluindo Acre, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia e Rio Grande do Sul.
Em relação aos óbitos, foram registradas duas mortes em São Paulo, enquanto outras doze seguem sem confirmação, abrangendo casos em Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraíba e Ceará.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em entrevista coletiva, destacou a intenção do governo federal de intensificar o apoio a São Paulo para acelerar a confirmação dos casos de intoxicação. Para isso, foram designados dois laboratórios como referências para a realização dos exames: um na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e outro na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A parceria com a Unicamp permitirá realizar cerca de 190 exames diários, oferecendo suporte a outros estados que necessitem de auxílio na análise de amostras.
Além disso, o ministério anunciou a aquisição de 12 mil ampolas de etanol farmacêutico e 2,5 mil unidades de fomepizol para reforçar o estoque estratégico do Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de intoxicações. O antídoto Fomepizol está previsto para chegar nesta semana e será armazenado em centros de referência em cada estado, garantindo que estes medicamentos estejam disponíveis quando necessário.
Os profissionais de saúde foram instruídos a notificar todas as suspeitas imediatamente, sem aguardar a confirmação dos casos, para facilitar o tratamento. O ministro enfatizou que a utilização dos antídotos deve sempre ser acompanhada por prescrição e monitoramento médico, reiterando a necessidade de cautela e proatividade no manejo de intoxicações.