Essa controvérsia não é nova e gerou uma onda de desinformação que impacta a saúde pública. Além das autoridades brasileiras, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e agências de saúde da União Europeia e do Reino Unido também desmentiram as alegações de Trump, ressaltando que a correlação entre o uso de paracetamol e o autismo não possui fundamento científico.
O Ministério da Saúde alertou que a disseminação de informações equivocadas pode ter consequências graves, principalmente para a saúde de gestantes e crianças. Em sua nota, enfatizou a responsabilidade das lideranças políticas em evitar comportamentos que possam causar pânico desnecessário entre a população. Eles observaram que esse tipo de desinformação pode levar a consequências sérias, como a recusa no tratamento de condições comuns, como febre e dor, em gestantes, situação que pode comprometer tanto a saúde da mãe quanto a do bebê.
O órgão destacou que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que se manifesta por meio de comportamentos atípicos, dificuldades na comunicação e interação social, padrões repetitivos e interesses restritos. A confusão gerada por informações enganosas não apenas prejudica a percepção pública sobre o tratamento de febres e dores, mas também desrespeita as famílias que lidam com o TEA.
Por fim, o Ministério da Saúde expressou a necessidade de combater o negacionismo em saúde, fenômeno que já impactou a adesão da população às vacinas no Brasil, um país que outrora se destacou mundialmente nessa área. “É essencial uma abordagem baseada em evidências para promover a saúde e bem-estar da população”, concluiu a pasta, reforçando seu compromissado com a verdade científica e a proteção da saúde pública.