O CCSRO integra o AdaptaSUS, um robusto Plano Nacional que visa preparar o Sistema Único de Saúde às adversidades climáticas. Este plano contempla 27 metas e 93 ações até 2035, com um considerável investimento de aproximadamente R$ 60 milhões, oriundos do Ministério da Saúde e da Fiocruz. Durante sua fala, Padilha enfatizou o impacto direto das mudanças climáticas na saúde da população, destacando que essa nova unidade permitirá um monitoramento contínuo das consequências de fenômenos como queimadas e enchentes na saúde coletiva.
As funções do CCSRO são amplas e estratégicas. O centro se dedicará à produção e disseminação de conhecimento científico, à formação de especialistas e ao fortalecimento da capacidade do Sistema Único de Saúde para lidar com os desafios impostos pelas alterações climáticas. Além disso, pretende influenciar a criação e avaliação de políticas públicas adaptadas à realidade da Amazônia.
O ministro também destacou que a unidade servirá como referência não apenas para o Brasil, mas para outros países da América Latina e do Caribe, alinhando-se às discussões globais sobre a saúde e o clima.
Em comentar sobre o AdaptaSUS, Padilha sublinhou que a Amazônia é uma prioridade, revelando que mais de R$ 4,5 bilhões estão sendo investidos em obras na região, incluindo a construção de novas unidades de saúde e a adaptação de estruturas existentes, sempre com foco na conectividade e recursos tecnológicos.
A criação do CCSRO coloca o Brasil em um contexto internacional ao lado de nações como o Reino Unido e os Estados Unidos, que já possuem centros com objetivos semelhantes. No entanto, o enfoque da nova unidade brasileira, voltado para a Amazônia, confere uma singularidade à sua atuação, integrando-se ao projeto Mais Saúde Amazônia Brasil.
Além das iniciativas relacionadas ao CCSRO, o ministro anunciou aportes significativos para a saúde em Rondônia, incluindo a inauguração do primeiro hospital universitário do estado e investimentos substanciais em infraestrutura de saúde em Ji-Paraná, com projetos para uma maternidade e unidades de saúde móveis. Essas ações visam reduzir a desigualdade no acesso à saúde e melhorar os serviços em áreas mais vulneráveis do estado.
Padilha encerrou o dia revelando que o país atualmente conta com 41 carretas de saúde em operação em diversas localizações, visando ampliar o acesso a serviços essenciais de saúde, em especial para mulheres. Essas medidas representam um avanço significativo na busca por um sistema de saúde mais eficaz e adaptado às realidades desafiadoras do Brasil.
