O HFB, que está com seu quadro funcional defasado e necessita de melhorias estruturais, terá como desafio a ampliação de seu atendimento, a retomada dos serviços de emergência, a reabertura de leitos fechados por falta de equipamentos e pessoal, além de obras nos sistemas elétrico e hidráulico. A transferência da gestão para o GHC foi iniciada na terça-feira (15) e deverá ser concluída em 90 dias.
Uma das razões para a escolha do GHC como novo gestor é o fato de ser uma empresa pública vinculada ao governo federal e atender integralmente ao Sistema Único de Saúde (SUS). A ministra Nísia Trindade destacou a referência do GHC no atendimento à população e ressaltou a importância da contribuição do grupo para a excelência do serviço de saúde no Rio de Janeiro.
O diretor-presidente do GHC, Gilberto Barichello, destacou a necessidade de medidas emergenciais para a retomada dos serviços interrompidos no HFB, como a substituição do cabeamento da subestação de energia elétrica e a troca do telhado avariado. Além disso, o GHC abrirá um processo seletivo para contratar 2.252 profissionais de saúde temporariamente, priorizando profissionais do Rio de Janeiro.
Mesmo com a entrada das equipes do GHC no Hospital de Bonsucesso sendo autorizada pela justiça após uma ação policial, manifestantes ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Saúde bloquearam a entrada da nova gestão. Segundo a dirigente sindical Christiane Gerardo, os manifestantes se opõem à transferência de gestão do hospital.
O GHC, com mais de 64 anos de experiência em atenção à saúde, é reconhecido como a maior rede pública de hospitais da região Sul, com atendimento 100% SUS. A mudança de gestão do HFB faz parte de um processo de renovação dos hospitais federais do Rio de Janeiro, com o objetivo de melhorar o atendimento e as condições estruturais das unidades de saúde.