A descentralização do soro antiofídico já foi implementada em sete distritos sanitários especiais indígenas (Dseis) no estado do Amazonas no início deste ano, e o próximo a adotar essa medida será o Dsei Yanomami, em Roraima. De acordo com o Ministério da Saúde, os distritos indígenas foram escolhidos inicialmente por apresentarem maior vulnerabilidade, com a população indígena tendo quatro vezes mais chances de sofrer um acidente com animal peçonhento do que outros grupos e uma letalidade seis vezes maior nesse tipo de situação.
Para viabilizar essa descentralização, o governo federal está investindo em caixas térmicas e freezers para o transporte e armazenamento do soro antiofídico, além de oferecer treinamento para os profissionais de saúde. O Dsei Yanomami já recebeu cinco câmaras refrigeradas elétricas e dez câmaras refrigeradas solares para armazenar imunobiológicos, enquanto o Dsei Leste Roraima foi contemplado com câmaras refrigeradas e caixas térmicas para armazenamento do soro.
Além disso, o Ministério da Saúde está estudando a possibilidade de aumentar o número de produtores credenciados para a fabricação do soro antiofídico. Atualmente, apenas um laboratório produz o soro, mas a previsão é que até 2025, esse número possa chegar a três laboratórios credenciados.
A descentralização do soro antiofídico nas terras indígenas brasileiras é uma medida que visa garantir um atendimento mais ágil e eficaz para a população indígena em situações de emergência envolvendo animais peçonhentos, contribuindo para a redução da letalidade e das sequelas desses acidentes nessas comunidades.
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