O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, sublinhou a relevância de proteger os trabalhadores que estão na linha de frente do atendimento em casos de dengue. Segundo ele, a vacinação dessa categoria é crucial, já que esses profissionais são a primeira linha de defesa nesta luta contra a doença. A ampliação da capacidade produtiva, que contará com a fusão de esforços do Butantan e da empresa chinesa WuXi Vaccines, permitirá que a vacinação seja estendida ao público em geral, iniciando pelos idosos com 59 anos ou mais e gradualmente abrangendo jovens a partir de 15 anos.
Além da vacinação no âmbito nacional, Botucatu, em São Paulo, foi escolhida como um local estratégico para a implementação de uma vacinação em massa, visando avaliar o impacto da imunização na dinâmica da dengue. A meta é alcançar uma adesão de 40% a 50% da população-alvo, o que poderia resultar em um controle significativo da doença. Este município já teve experiências anteriores de vacinação em massa durante a pandemia de COVID-19, e outros locais com predominância do sorotipo DENV-3 também estão sendo considerados para essa estratégia.
Em termos de eficácia, a nova vacina mostrou resultados promissores, com uma eficácia de 74,7% contra a dengue sintomática em indivíduos de 12 a 59 anos, e 89% contra formas graves e com sinais de alarme, de acordo com estudos que foram submetidos à Anvisa. Vale destacar que o Sistema Único de Saúde (SUS) já disponibiliza uma vacina contra a dengue produzida por um laboratório japonês, que requer duas doses e é destinada a adolescentes entre 10 e 14 anos. Desde sua incorporação ao SUS em 2024, mais de 7,4 milhões de doses dessa vacina já foram aplicadas, com previsão de 9 milhões adicionais garantidas para 2026 e mais 9 milhões para 2027.
