SAÚDE – Ministério da Saúde Amplia Uso de Donepezila para Pacientes com Forma Grave de Alzheimer pelo SUS, Beneficiando 10 mil Pessoas no Primeiro Ano



Na quinta-feira, 15 de junho, uma nova portaria do Ministério da Saúde trouxe importantes mudanças no tratamento da doença de Alzheimer no Brasil. A medida, que foi publicada no Diário Oficial da União, amplia o acesso à donepezila, um medicamento que desempenha um papel crucial no cuidado de pacientes com formas mais severas da doença, agora disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

Anteriormente, a donepezila estava restrita a pacientes com quadros leves ou moderados da doença, limitando suas opções de tratamento. Agora, com a nova portaria, portadores da forma grave de Alzheimer poderão usufruir desse medicamento, que pode ser administrado isoladamente ou em combinação com a memantina, outro fármaco já presente na lista de medicamentos do SUS. Essa mudança é significativa, uma vez que o uso contínuo de medicamentos para Alzheimer é fundamental para a diminuição de sintomas, como confusão mental, apatia e alterações comportamentais, conforme destacado pelo ministério.

A solicitação para ampliar o uso da donepezila partiu do próprio Ministério da Saúde, que identificou a necessidade durante a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para a doença de Alzheimer. A expectativa é que, no primeiro ano de implementação, cerca de 10 mil pacientes sejam beneficiados com essa nova abordagem terapêutica.

A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva que impacta de maneira significativa a memória, o comportamento e a autonomia dos pacientes. Embora ainda não exista uma cura, o tratamento direcionado pode ser essencial para retardar a evolução da enfermidade e preservar a qualidade de vida dos indivíduos afetados. Nos casos mais avançados da doença, o acompanhamento deve ser intensificado e a oferta de medicamentos eficazes se torna um componente essencial do cuidado.

Estudos realizados e apresentados à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) indicaram que a continuidade no uso da donepezila é capaz de melhorar diversos sintomas, como agitação e confusão, além de adiar a necessidade de institucionalização dos pacientes. Nesse contexto, a recente decisão do Ministério da Saúde é um sinal promissor para aqueles que enfrentam os desafios impostos pela doença de Alzheimer e suas famílias.

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