Os sintomas iniciaram com febre, irritação e vômito, evoluindo rapidamente para problemas neurológicos que resultaram na morte da criança apenas uma semana depois. Testes laboratoriais confirmaram a presença da ameba na corrente sanguínea do pequeno paciente, apontando o açude que abastece o assentamento como o provável local de contaminação. A água proveniente dessa fonte não passava por um tratamento adequado, o que facilitou a presença do parasita.
O caso, que é o primeiro confirmado por exames no Brasil, trouxe à tona a preocupação com a falta de cuidados em relação à qualidade da água consumida. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do estado realizou testes na água armazenada na cisterna da residência da vítima e confirmou a presença da ameba, recomendando então a desinfecção do reservatório.
A morte dessa criança ressalta a letalidade da Naegleria fowleri, cujo diagnóstico é dificultado pela similaridade dos sintomas com os de uma meningite bacteriana. Até o momento, não existe um tratamento específico para combater a infecção causada por essa ameba, tornando a prevenção e a conscientização sobre os riscos fundamentais para evitar futuras tragédias como essa. A ocorrência desse tipo de infecção é extremamente rara, mas grave, e exige atenção redobrada por parte das autoridades de saúde e da população em geral.