Neste primeiro ciclo, serão disponibilizadas 635 vagas imediatas, além de um total de 1.143 oportunidades para cadastro de reserva. O programa é inclusivo, reservando 20% das vagas para candidatos que se identificam como negros, indígenas ou provenientes de comunidades quilombolas, além de 6% para pessoas com deficiência. Os candidatos devem possuir o Registro de Qualificação de Especialista (RQE) ou estar no processo de solicitação, desde que tenham concluído a residência médica ou tenham tido o título de especialista emitido pela Associação Médica Brasileira (AMB).
Os médicos selecionados terão compromisso de 16 horas semanais dedicadas à assistência ao público, além de outras 4 horas para atividades formativas teóricas e práticas. Essas atividades serão conduzidas por profissionais associados ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-Sus) e à Rede Ebserh. Como compensação, os participantes receberão uma bolsa mensal que varia entre R$ 10 mil e R$ 20 mil, dependendo da realidade social das cidades onde atuarão.
Os interessados deverão, no ato da inscrição, indicar preferencialmente dois municípios e estabelecimentos de saúde onde gostariam de trabalhar. A seleção será baseada em um critério de pontuação, considerando as titulações de especialização e o tempo de formação dos candidatos.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a relevância do programa, afirmando que, pela primeira vez, uma iniciativa visa especificamente a inclusão de médicos especialistas na Atenção Especializada do SUS. O “Agora Tem Especialistas” é um passo adiante, após os êxitos do Programa Mais Médicos, que focou na formação e contratação de médicos de família e comunidade. Este novo projeto busca fomentar ainda mais o desenvolvimento de profissionais já qualificados e, assim, melhorar a qualidade do atendimento à saúde em todo o país.