SAÚDE – Médicos Devem Monitorar Sintomas de Mpox e Notificar Vigilância Sanitária, Orienta Conselho Federal de Medicina

Na última sexta-feira, o Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiu uma nova orientação direcionada aos mais de 600 mil médicos brasileiros, ressaltando a importância de estarem vigilantes em relação aos sinais e sintomas da mpox, uma doença que tem gerado preocupação global. O CFM destacou que é fundamental que os profissionais de saúde comuniquem possíveis casos de mpox à vigilância sanitária, facilitando o monitoramento e, quando necessário, o encaminhamento dos pacientes para o tratamento adequado.

A mpox foi recentemente reclassificada como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, de acordo com o CFM e o Ministério da Saúde, o risco de contaminação no Brasil permanece baixo e a situação está sendo considerada controlada. Mesmo assim, o Conselho enfatiza a necessidade de reforçar o monitoramento dos casos para permitir que as autoridades sanitárias tomem as medidas necessárias rapidamente.

Dados recentes mostram um panorama preocupante: em 2024, houve registro de 709 casos confirmados ou prováveis de mpox, um número significativo, mas substancialmente menor quando comparado aos aproximadamente 10 mil casos notificados em 2022. Durante este período anterior, a doença resultou em 16 óbitos, mostrando a seriedade da situação. O CFM reafirma seu compromisso em acompanhar atentamente os desdobramentos da doença, colaborando intensivamente com as autoridades de saúde brasileiras em iniciativas de prevenção e tratamento.

Os sintomas da mpox são variados e podem englobar febre, dores no corpo e na cabeça, cansaço, gânglios linfáticos aumentados, erupções cutâneas, calafrios e fraqueza. As lesões cutâneas, caracterizadas por dores e coceira, podem ainda deixar marcas permanentes no corpo dos pacientes. O período de incubação da doença, isto é, o tempo entre a infecção e o aparecimento dos primeiros sintomas, geralmente varia de seis a 13 dias, podendo se estender até 21 dias em alguns casos.

Uma vez confirmado o diagnóstico de mpox, é essencial que os pacientes se isolem para prevenir a disseminação da doença. Pessoas que estiveram em contato com indivíduos infectados também precisam ser monitoradas rigorosamente. Esta postura preventiva é vital para conter a propagação da mpox e proteger a saúde pública.

Em síntese, o alerta do CFM serve como um lembrete contundente da importância da vigilância contínua e da colaboração entre os profissionais de saúde e as autoridades sanitárias. Somente através de esforços conjuntos e diligentes será possível manter a mpox sob controle no Brasil, garantindo a segurança e o bem-estar da população.

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