SAÚDE – Medicamento abreviado para combater tuberculose passa por avaliação em consulta. Tratamento mais curto pode ser esperança para pacientes.

A possibilidade de incorporação do medicamento pretomanida ao Sistema Único de Saúde (SUS) está em processo de consulta pública até o dia 4 de setembro. A proposta busca reduzir o período de tratamento contra a tuberculose multirresistente de 18 para apenas seis meses.

O pedido de incorporação do medicamento foi feito pelo Ministério da Saúde à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que deu parecer favorável e abriu caminho para a consulta pública.

Segundo o ministério, a inclusão da pretomanida como opção de tratamento permitirá o uso de dois esquemas encurtados: o BPaL (composto por bedaquilina, pretomanida e linezolida) e o BPaLM (que acrescenta moxifloxacino ao BPaL). Essas alternativas possibilitam encurtar o período total do tratamento.

De acordo com o comunicado emitido pelo órgão, as pessoas diagnosticadas com tuberculose resistente à rifampicina (TB RR), tuberculose multidrogarresistente (TB MDR) e pré-extensivamente resistente a medicamentos (TB pré-XDR) serão as principais beneficiadas com a incorporação da pretomanida. Atualmente, tratamentos encurtados com o uso dessa substância são recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Além dos benefícios para os pacientes em relação à comodidade posológica, é esperada também uma economia significativa ao SUS com a incorporação do medicamento. Estima-se que cada usuário do sistema de saúde possa economizar cerca de R$ 15 mil. Vale ressaltar que o cuidado de pessoas com tuberculose drogarresistente é realizado em serviços especializados, com profissionais de saúde capacitados para o tratamento dessa doença específica.

Em resumo, a consulta pública em andamento visa à possível incorporação da pretomanida ao SUS como uma alternativa eficaz para o tratamento da tuberculose multirresistente. Se a inclusão for efetivada, será possível encurtar o tempo de tratamento e beneficiar pacientes que apresentam resistência a certos medicamentos. Além disso, a economia gerada pelo uso dessa substância pode ser significativa para o sistema de saúde público. A população tem até o dia 4 de setembro para participar da consulta pública e contribuir com a decisão final.

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