Dados alarmantes indicam que o câncer de mama é a principal causa de morte entre mulheres no Brasil. Em 2023, cerca de 20 mil óbitos foram registrados devido a essa enfermidade, e as estimativas para 2025 preveem mais de 73 mil novos casos. A faixa etária dos 40 a 49 anos concentra 23% dos diagnósticos, e a detecção precoce é crucial para aumentar as chances de cura.
Antes da sanção da lei, o acesso à mamografia para mulheres mais jovens ocorria somente em situações específicas, como o rastreamento de câncer hereditário ou em caso de alterações visíveis nas mamas. A nova legislação amplia esse acesso, independentemente da presença de sintomas, o que representa uma mudança vital na abordagem de saúde pública voltada para as mulheres.
A proposta legislativa, idealizada pelo senador Plínio Valério, conta com o respaldo do Executivo federal, incluindo apoio direto dos ministros responsáveis pela Saúde, Direitos Humanos e Mulheres. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, enfatizou a importância dessa mudança, descrevendo-a como uma decisão histórica que prioriza a agenda da saúde feminina no país.
O rastreamento público por meio da mamografia é considerado uma das melhores estratégias de combate ao câncer de mama. Contudo, ainda existem desafios relacionados à cobertura do exame, que atualmente varia drasticamente entre as regiões brasileiras. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) tem como meta aumentar a taxa de cobertura para 70%, dada a disparidade observada em algumas áreas, como nos estados do Norte, onde o índice é alarmantemente baixo.
Além do diagnóstico, a adoção de hábitos saudáveis é essencial na prevenção do câncer de mama. Manter uma dieta equilibrada, praticar atividades físicas e reduzir o consumo de álcool são algumas das recomendações feitas por especialistas. Estudos apontam que fatores como amamentação, controle de peso e prática regular de exercícios físicos contribuem para a diminuição do risco da doença.
Dessa forma, a Lei 15.284 não apenas aumenta o acesso ao diagnóstico precoce, mas também reafirma a importância da saúde integral da mulher, focando em medidas de prevenção e bem-estar. Essa nova etapa representa um compromisso do governo para uma sociedade mais saudável e informada.







