SAÚDE – Mais de 86% das cidades brasileiras estão em alto risco para sarampo, alerta especialista em imunização durante evento nacional.

Segundo dados apresentados durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, realizada em Recife, a situação do Brasil em relação ao sarampo é preocupante. Mais de 4.500 municípios foram classificados como em alto risco para a doença, com 225 deles categorizados como em risco muito alto. Isso representa 86% de todas as cidades do país com um alto risco de surtos de sarampo.

A coordenadora de Imunização da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Flávia Cardoso, destacou que o Brasil perdeu seu status de país livre do sarampo em 2019, após registrar a circulação do vírus por mais de 12 meses consecutivos. Em 2022, o país foi considerado endêmico para a doença e, posteriormente, classificado como pendente de reverificação em 2023.

Apesar de melhorias na cobertura vacinal para o sarampo e a rubéola, por meio da vacina tríplice viral, alguns estados apresentaram progresso mínimo ou até mesmo negativo. A situação no Rio de Janeiro, no Amapá, no Pará e em Roraima foi descrita como muito preocupante pela entidade.

A Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação do Sarampo, da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita nas Américas recomendou que o Brasil amplie a sensibilidade na definição de casos suspeitos de sarampo e padronize um fluxograma de resposta rápida. Além disso, foi sugerida a vacinação de atletas brasileiros e a realização de buscas ativas integradas de casos de sarampo e rubéola.

Apesar de completar dois anos sem casos autóctones de sarampo em junho deste ano, o país ainda tem um longo caminho a percorrer para retomar sua certificação de ‘livre de sarampo’. Ações coordenadas e esforços de vigilância em nível municipal são essenciais para combater a disseminação da doença e garantir a proteção da população contra surtos futuros.

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