A trombose venosa ocorre quando há a formação de coágulos de sangue nas veias, principalmente nos membros inferiores, o que impede o fluxo natural do sistema cardiovascular. Essa condição pode causar manchas arroxeadas ou avermelhadas nos locais afetados, além de sensação de desconforto, dor e inchaço. Existem dois tipos principais de trombose venosa, a profunda e a superficial, dependendo da veia em que o coágulo se forma.
Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da trombose venosa, como alterações na coagulação, imobilidade prolongada e lesão nos vasos sanguíneos. Além disso, o uso de anticoncepcionais, o tabagismo e histórico familiar também são considerados fatores de risco para a doença.
Com base nos dados do levantamento, pode-se observar que o ano de 2019 registrou o maior número de internações por tromboses venosas, com 45.216 casos notificados. A região Sudeste se destaca nesse aspecto, respondendo por 53% de todos os registros. Por outro lado, o Norte apresenta menos internações pela doença, com 25.193 casos notificados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em relação ao tratamento da trombose venosa, a média diária de internações em 2023 supera os 165 pacientes, estabelecendo um novo recorde desde 2012. Em 2019, ano com mais registros de internações no período analisado, o total de procedimentos superou a média de 126 pacientes.
Ao analisar os estados, São Paulo lidera o ranking de internações para o tratamento de tromboses venosas, com 131.446 casos registrados no banco de dados do SUS. Em seguida, aparecem Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Por outro lado, Roraima, Acre e Tocantins são os estados com menor número de internações pela doença.
Uma trombose venosa não diagnosticada e tratada precocemente pode evoluir para a formação de êmbolos que se deslocam para o pulmão, causando a temida embolia pulmonar. Essa situação ocorre quando os êmbolos obstruem canais sanguíneos no pulmão, comprometendo a oxigenação. O levantamento revela que 122.047 brasileiros já foram internados para o tratamento desse quadro clínico, sendo que o Sudeste é a região mais afetada, seguida pelo Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte.
São Paulo também lidera o ranking de internações para o tratamento de embolia pulmonar, com 30.664 casos notificados ao longo da série histórica. Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná também apresentam números expressivos, enquanto Amapá, Roraima e Acre são os estados com menores registros de internações.
Diante desses dados, fica evidente a importância de adotar medidas preventivas para evitar a trombose venosa, como a prática de exercícios físicos e o controle do peso corporal. Além disso, é essencial estar atento aos sinais e sintomas da doença e buscar atendimento médico especializado o mais rápido possível para um diagnóstico e tratamento adequados.