Em resposta à situação, a Apevisa iniciou imediatamente ações de fiscalização em estabelecimentos que distribuem bebidas alcoólicas. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) também se movimentou, prometendo fornecer orientações à população e às vigilâncias sanitárias municipais. O foco principal é intensificar as vistorias para prevenir fraudes que podem resultar na venda de produtos adulterados.
A Apevisa explicou que, após a notificação recebida do hospital, um protocolo padrão é seguido. O quadro clínico é registrado, e as informações são coletadas para uma investigação aprofundada. No trágico caso de óbitos por intoxicação suspeita, os corpos são enviados ao Instituto Médico-Legal (IML), onde exames são realizados para confirmar a causa da morte. A agência recomenda que todos os serviços de saúde notifiquem as ocorrências ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e ao Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (Cievs/PE).
Além disso, a Apevisa orienta que estabelecimentos comerciais intensifiquem a fiscalização e recolham amostras suspeitas para análise. A interdição preventiva de lotes e colaboração com órgãos como Procon e o Ministério Público também foram sugeridos como medidas urgentes.
Para a população, a agência apresentou recomendações pragmáticas para evitar a ingestão de bebidas adulteradas. É essencial verificar se a bebida possui registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), se o rótulo está completo e se o lacre é adequado. Evitar produtos de procedência duvidosa e com preços significativamente baixos é um conselho fundamental.
Os sintomas iniciais da intoxicação por metanol podem ser confundidos com os da ingestão de álcool comum, como náuseas e sonolência. Entretanto, entre seis e 24 horas após o consumo, sinais mais graves como visão turva e convulsões podem surgir, passando a ser uma emergência médica bastante séria.
Em caso de suspeita de intoxicação, a recomendação é que a pessoa busque imediatamente atendimento médico e contactem centros de informação como o Disque-Intoxicação da Anvisa ou o Centro de Controle de Intoxicações. A identificação precoce e o tratamento adequado são fundamentais para a redução do risco de desfechos fatais. Infelizmente, a intoxicação por metanol pode ser fatal e, por isso, a conscientização e a vigilância são essenciais em tempos de insegurança alimentar e sanitária.
