Apesar da diminuição geral, a incidência de SRAG ainda é alarmante entre crianças pequenas, onde o VSR foi o vírus mais frequentemente identificado. No entanto, entre os idosos, embora os casos associados à influenza A tenham diminuído na maior parte do país, as estatísticas continuam elevadas em estados das regiões centro-sul, Norte e Nordeste, indicando uma necessidade de vigilância contínua.
Em relação aos casos graves de Covid-19, a especialista Tatiana Portella, do InfoGripe, ressaltou que a situação está sob controle e em estabilidade na maioria das regiões do Brasil, com exceção do Ceará. Nesse estado, as notificações de casos graves pelo vírus mostraram um leve aumento, o que é motivo de atenção. No Rio de Janeiro, os dados mais recentes indicam que o aumento dos casos de SRAG relacionados à Covid-19 sofreu uma desaceleração nas semanas recentes.
A pesquisadora enfatizou a importância da vacinação tanto contra a influenza quanto contra a Covid-19, recomendando que a população mantenha seus esquemas vacinais em dia. Para aqueles que residem em estados com aumento de casos de SRAG, a orientação é o uso de máscaras em ambientes fechados, especialmente em unidades de saúde, e ao surgimento de sintomas de gripe ou resfriado.
Nos últimos quatro ciclos epidemiológicos, os dados indicaram que 50,6% dos casos positivos foram de VSR, enquanto 21,2% foram de influenza A. Os óbitos apresentaram uma distribuição similar, com a influenza A também ocupando a maior parte dos casos fatais. É importante notar que, embora esteja em tendência de queda, a prevalência de SRAG entre crianças persiste em níveis elevados, exceto em três localidades: Amapá, Distrito Federal e Tocantins. Para os idosos, continua a ser observada uma preocupação significativa, especialmente em alguns estados das regiões centro-sul, Norte e Nordeste.
Entre as 27 capitais brasileiras, apenas Campo Grande apresenta níveis de atividade de SRAG que estão em alerta, evidenciando um sinal de crescimento. Esse aumento no número de casos na capital sul-mato-grossense afeta praticamente todas as faixas etárias, exceto crianças de 2 a 4 anos e indivíduos de 50 a 64 anos, reforçando a necessidade de monitoramento e cuidados contínuos.