Uma das principais características desse investimento é a aplicação de margens de preferência para produtos fabricados no Brasil, que permitirá a compra de equipamentos nacionais mesmo que seus preços sejam de 10% a 20% mais altos em comparação aos similares importados. Essa medida não apenas visa estimular a indústria local, mas também reforça a autonomia do Brasil em produzir tecnologia de saúde.
A previsão é que a primeira concorrência para a aquisição dos equipamentos comece ainda esta semana, com a lista completa de itens já divulgada. As compras serão realizadas através do Sistema Único de Saúde (SUS) e o processo ficará a cargo do Ministério da Saúde pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Saúde. Essa é uma fase crucial para a modernização e ampliação do acesso à saúde no Brasil.
Atualmente, o Brasil é responsável pela produção de cerca de 45% de suas necessidades em medicamentos, vacinas, equipamentos e outros insumos essenciais para a saúde pública. Com a meta de aumentar essa produção para 50% até 2026 e 70% até 2033, o governo busca não apenas garantir a sustentabilidade do SUS, mas também incentivar a pesquisa e inovação em tecnologias de saúde.
A lista de equipamentos inclui 17 produtos voltados para o atendimento básico, como câmaras frias para conservação de vacinas, desfibriladores e ultrassons, além de 11 itens destinados a cirurgias e procedimentos oftalmológicos. Esses equipamentos são essenciais tanto na atenção primária quanto na especializada, contribuindo assim para a melhoria da qualidade dos serviços prestados à população.
Essa nova etapa nas aquisições de saúde pública simboliza um passo importante para o fortalecimento do sistema de saúde brasileiro, ao mesmo tempo em que proporciona um resgate da confiança nas empresas que produzem localmente. O governo parece determinado a investir na saúde como uma prioridade, refletindo um compromisso com a melhoria das condições de vida da população.