Recentemente, houve uma reunião entre a direção do hospital e representantes dos funcionários para discutir essa proposta de mudança. Ésper Kallas, diretor do Instituto Butantan, apresentou as possibilidades de alterações na administração do hospital durante o encontro.
A Secretaria de Saúde afirmou que o tema ainda não foi oficialmente discutido no órgão, mas reconheceu que há conversas a respeito fora dos canais oficiais. Os funcionários, por sua vez, se reuniram em assembleia para analisar a situação com base nos relatos sobre a reunião anterior.
De acordo com um comunicado enviado aos trabalhadores do hospital, a instituição necessita de maior flexibilidade na gestão, especialmente no que diz respeito aos recursos humanos e financeiros. O Emílio Ribas é conhecido por ser referência em infectologia, tendo sido fundamental no atendimento durante a epidemia de dengue e, mais recentemente, na pandemia de covid-19.
Além disso, o hospital atende diversas especialidades, como tuberculose e HIV, que afetam especialmente as populações mais vulneráveis socialmente. A possibilidade de fusão com o Hospital das Clínicas, um grande complexo hospitalar localizado próximo ao Instituto de Infectologia, também está sendo considerada.
Porém, essa decisão vem gerando controvérsias, uma vez que alguns defendem a manutenção da administração pública do hospital, enquanto outros acreditam que a gestão privada poderia trazer mais eficiência e melhorias para a instituição. O presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo, Augusto Ribeiro, ressaltou a importância de valorizar o trabalho dos servidores públicos e a excelência do Emílio Ribas.
Diante desse cenário, a possibilidade de ter uma gestão privada no Emílio Ribas continua em discussão, e é fundamental que todos os envolvidos sejam ouvidos para que a melhor decisão seja tomada visando a qualidade do atendimento à população.