SAÚDE – Governo brasileiro defende programa Mais Médicos após revogação de vistos por EUA e reafirma compromisso com a saúde pública e a soberania nacional.

Após a revogação dos vistos de integrantes do governo brasileiro associados ao Programa Mais Médicos, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, manifestou seu apoio ao programa em uma declaração feita na noite desta quarta-feira, 13 de setembro. Em sua fala, Padilha enfatizou que o Mais Médicos “sobreviverá aos ataques injustificáveis de quem quer que seja”, uma referência ao governo dos Estados Unidos, que, pela voz do secretário de Estado Marco Rubio, anunciou a revogação dos vistos de dois funcionarios brasileiros: Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do ministério.

O ministro utilizou sua conta nas redes sociais para destacar a relevância do programa, afirmando que ele “salva vidas” e é amplamente aceito pela população brasileira. Padilha também reforçou que os ataques sofridos pelo programa não o desestabilizarão, assim como não o fizeram com o sistema de pagamento brasileiro conhecido como Pix, que já havia sido criticado anteriormente pelo ex-presidente Donald Trump. O ministro expressou um comprometimento firme com a saúde pública e a soberania nacional, reafirmando que “saúde e soberania não se negociam”.

Padilha ainda observou que, nos últimos dois anos, o número de profissionais envolvidos no programa duplicou, contribuindo significativamente para o atendimento à saúde no Brasil. O Mais Médicos, criado em 2013, busca atender regiões remotas e vulneráveis do país, priorizando o acesso à saúde em locais com carência de médicos. Originalmente, o programa contava com a participação de médicos cubanos por meio de uma cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), mas em 2023, a iniciativa foi reestruturada e renomeada para Mais Médicos para o Brasil, focando na contratação de profissionais brasileiros e expandindo as vagas para outras áreas da saúde, como dentistas, enfermeiros e assistentes sociais.

Com um legado reconhecido, Padilha se mostrou orgulhoso do impacto positivo do programa em comunidades que antes enfrentavam barreiras significativas no acesso a cuidados médicos. Ele concluiu sua mensagem reafirmando o compromisso do governo com o atendimento à saúde da população brasileira.

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