Entre as iniciativas anunciadas está a criação de um modelo de autoteste padronizado. Essa ferramenta tem como objetivo fundamental auxiliar os apostadores a refletirem sobre suas práticas e compreenderem os impactos emocionais que as apostas podem ter em suas vidas. Além disso, será implementada uma plataforma de autoexclusão, permitindo que os indivíduos restrinjam o acesso a todos os sites de apostas. Essa medida, que é voluntária, visa estimular o autocuidado e proteger aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade.
A qualificação de profissionais da rede de atendimento psicossocial e o estabelecimento de diretrizes mínimas para o atendimento ao apostador no Sistema Único de Saúde (SUS) também são partes integrantes desse plano. Para isso, será oferecido um curso autoinstrucional de 45 horas a cerca de 20 mil profissionais, assegurando que todos estejam preparados para acolher e tratar casos relacionados ao jogo problemático.
Além das medidas voltadas ao acolhimento, a proposta inclui a publicação de materiais educativos focados em atletas sobre integridade esportiva e prevenção à manipulação de resultados, assim como campanhas institucionais voltadas para a conscientização sobre a redução de danos associados às apostas.
Um Comitê Permanente de Prevenção e Redução de Danos será estabelecido, com o objetivo de monitorar e aprimorar as políticas relacionadas ao jogo de quota fixa e à saúde mental. O secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, destacou que essas ações refletem um compromisso contínuo em preservar a saúde dos apostadores enquanto se consolida um ambiente de apostas mais responsável.
O plano deixa evidente que o governo não só busca restaurar a integridade social e a proteção de indivíduos, mas também enfrenta os desafios impostos pelo mercado de apostas, garantindo que políticas públicas sejam implementadas de maneira eficaz para minimizar os impactos negativos desse setor.