A situação alarmante levou a um aumento nas solicitações de internação hospitalar, o que impactou diretamente nas taxas de ocupação dos leitos, tanto em hospitais públicos quanto nos conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS). A Secretaria de Saúde ressaltou em nota que a situação demanda medidas rápidas e eficazes. O decreto de emergência permitirá a implementação imediata de novos leitos para atender pacientes com SRAG, uma ação considerada essencial, dada a crescente demanda por internações associadas a doenças respiratórias graves.
Entre os dados mais recentes, a Secretaria revelou que, de janeiro a junho deste ano, Goiás contabilizou 8.011 pedidos de internação por SRAG. Em contraste, o mesmo período em 2025 registrou 10.676 solicitações, o que representa um aumento de 33,27%. Apenas no mês de maio do ano passado, foram registradas 1.767 solicitações, número que saltou para 2.406 em maio deste ano.
Além do governo estadual, pelo menos 24 municípios goianos já solicitaram recursos ao Ministério da Saúde para converter leitos de terapia intensiva adulto de modo a atender mais casos de SRAG. Em termos de vacinação, a campanha contra a gripe começou em 1º de abril e, após um período inicial voltado para grupos prioritários, foi aberta ao público geral a partir de 6 meses. Até o momento, Goiás alcançou uma cobertura vacinal de 38,96%, com 1.499.062 doses aplicadas.
Os dados indicam que a baixa adesão à vacinação pode aumentar o risco de formas graves da doença nos grupos mais vulneráveis, exacerbando a pressão sobre o sistema de saúde. A população mais afetada pelos casos de SRAG inclui crianças, enquanto a maioria dos óbitos ocorre entre os idosos. Até o momento, foram registrados 402 óbitos, dos quais 256 em pessoas com mais de 60 anos, 40 em crianças menores de 2 anos, 35 em adultos de 50 a 59 anos e 29 na faixa etária de 40 a 49 anos. Essa situação complexa exige vigilância constante e ações efetivas para controlar a disseminação das doenças respiratórias no estado.