A cerimônia foi marcada pela presença de autoridades, incluindo os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Jorge Raúl Mulino, do Panamá. Durante a visita de Mulino ao Brasil, em agosto, Lula destacou a importância do momento, considerando-o um recomeço nas relações entre as nações, que partilham valores democráticos e uma rica biodiversidade. O presidente brasileiro enfatizou que a Fiocruz aumentará a capacidade panamenha na produção de vacinas, estabelecendo um polo farmacêutico regional.
O memorando assinado é um desdobramento significativo do encontro bilateral entre os presidentes, refletindo o compromisso ambas as partes têm em fortalecer os sistemas de saúde na América Latina e no Caribe. Mario Moreira, presidente da Fiocruz, ressaltou que a iniciativa visa promover a integração científica, tecnológica e o fortalecimento da capacidade local de produção, elementos fundamentais para garantir a soberania e segurança sanitária na região.
O CRIVB AIP, concebido pela Secretaria Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação do Panamá, tem como proposta transformar o país em um hub regional de inovação em saúde. O centro contará com uma planta de produção de vacinas, laboratórios para diagnóstico e desenvolvimento de produtos, além de programas de capacitação e cooperação regulatória. Ricardo de Godoi, vice-diretor de Inovação de Bio-Manguinhos/Fiocruz, destacou a expectativa de avanços em projetos que impactarão significativamente a saúde pública regional.
Fundamentalmente, essa parceria tem o potencial de ampliar a presença estratégica da Fiocruz na América Latina, reforçando a autonomia da região em atender às suas necessidades de saúde. A localização privilegiada do Panamá, aliada a uma infraestrutura logística robusta, permitirá uma distribuição mais eficiente de vacinas, promovendo um acesso equitativo e uma resposta ágil em situações de emergência de saúde. Assim, não só se consolida uma aliança entre Brasil e Panamá, mas estabelece-se um novo caminho para a saúde pública na região.
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