Além disso, há um aumento dos casos de SRAG em crianças e adolescentes de até 14 anos, principalmente na região Centro-Sul e em alguns estados do Norte-Nordeste, associado ao rinovírus. No entanto, já se observam sinais de desaceleração no crescimento desses casos em alguns estados e até mesmo redução das hospitalizações causadas pelo rinovírus em outras regiões do país.
Os vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus continuam sendo as principais causas de internações e óbitos entre crianças e adolescentes de 2 a 14 anos. Já entre os idosos, a mortalidade da SRAG é mais elevada, com prevalência de covid-19, seguida pela influenza A.
No cenário nacional, há um sinal de aumento da SRAG a longo e curto prazo, devido ao crescimento dos casos de SRAG por rinovírus e covid-19 em vários estados. Quatorze unidades federativas apresentam indícios de crescimento da SRAG a longo prazo, incluindo Amapá, Ceará, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Tocantins, entre outros.
A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, destaca que os casos graves por rinovírus estão mostrando sinais de desaceleração ou queda em alguns estados. Em relação à influenza A, há um aumento de casos graves no Rio Grande do Sul, ressaltando a importância da vacinação para esse grupo de risco.
Diante do cenário de aumento de casos graves de covid-19 em todo o Brasil, é fundamental que as pessoas do grupo de risco estejam em dia com a vacinação contra a influenza A e covid-19, buscando os postos de saúde para se protegerem. A Fiocruz continuará monitorando a situação e fornecendo atualizações sobre a evolução da pandemia no país.