Também conhecido como câncer de cólon e reto, o câncer colorretal está entre os cinco principais tipos de câncer que afetam homens e mulheres em todo o mundo. Atualmente, não há um protocolo específico de rastreamento para essa doença no Brasil, diferentemente de países como os Estados Unidos e a Europa, onde a recomendação é a realização de colonoscopia a cada dez anos a partir dos 50 anos de idade, para pacientes assintomáticos.
O estudo projeta que a maioria dos casos de câncer colorretal no Brasil ocorrerá em pessoas com mais de 50 anos, consideradas de maior risco. Estima-se que mais de 88% dos casos em 2040 estejam concentrados nessa faixa etária.
As estimativas mostram um aumento de cerca de 21% nos novos casos de câncer colorretal no Brasil entre 2030 e 2040, com as regiões Centro-Oeste e Norte apresentando os maiores incrementos enquanto o Sudeste registra o menor crescimento. A fim de evitar que essas projeções se concretizem, é crucial adaptar estratégias de prevenção e diagnóstico às realidades locais, com ações regionalizadas que permitam a ampliação de programas de rastreamento.
A detecção precoce da doença por meio de exames como colonoscopia e pesquisa de sangue oculto nas fezes é essencial para reduzir a mortalidade causada pelo câncer colorretal. No entanto, o Brasil enfrenta desafios na implementação de um rastreamento populacional organizado, como infraestrutura inadequada, dificuldades de acesso aos exames e baixa adesão da população. A importância de reduzir as desigualdades no acesso ao diagnóstico e tratamento, assim como promover mudanças no estilo de vida, incluindo hábitos saudáveis na alimentação e atividade física, são destacadas pela entidade como estratégias fundamentais para combater o avanço do câncer colorretal.