SAÚDE – Estratégias Globais para Combater a Gripe Aviária são Discusidas em Foz do Iguaçu com Autoridades e Especialistas do Setor Privado a Partir de Hoje

A cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, se torna palco a partir de hoje para um importante evento que reunirá autoridades, especialistas e representantes do setor privado com o intuito de debater estratégias eficazes no combate e na prevenção da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), conhecida como gripe aviária. Desde o ano de 2022, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) registrou quase 2,5 mil surtos da doença nas Américas, sendo que 185 deles ocorreram no Brasil.

Recentemente, em maio, o país enfrentou seu primeiro foco da doença em uma granja comercial localizada em Montenegro, no Rio Grande do Sul. A ocorrência levou ao abate de cerca de 17 mil aves. Contudo, ao longo de menos de um mês, as autoridades conseguiram debelar o surto, permitindo que o Brasil recuperasse o status de país livre da gripe aviária. Este incidente ressalta os imensos impactos sanitários e econômicos que a enfermidade pode causar, além de evidenciar seu potencial de contaminação entre aves e outras espécies. Embora os casos em humanos sejam raros, o risco de morte em função da infecção é significativamente elevado.

O evento, organizado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), também será a plataforma de lançamento da nova Estratégia Global 2024–2033 para a Prevenção e Controle da IAAP. Elaborada por grupos de trabalho da FAO em colaboração com a OIE, a estratégia tem o objetivo de apoiar a elaboração e implementação de planos de ação nacionais e regionais que visem reduzir o risco de a doença se espalhar além das fronteiras, podendo, assim, adquirir a escalabilidade de uma pandemia global.

Jorge Meza, representante da FAO no Brasil, destaca que a comunicação será um dos pilares fundamentais para o sucesso desses planos de ação. Ele enfatiza a importância de que todos os produtores, independentemente de sua escala, estejam devidamente informados e preparados para actuar de maneira adequada diante de possíveis surtos.

Meza argumenta que a elaboração dos planos deve levar em conta as diversas realidades do país, englobando desde grandes empreendimentos até práticas de pequena escala, como a criação de aves em sistemas mais livres. Além disso, ele salienta a necessidade de respeito às boas práticas produtivas como um fator essencial para a prevenção e controle das infecções. Para que isso aconteça, é vital que todos os produtores sejam cadastrados junto às autoridades competentes e possam acessar uma plataforma de informações adequadas sobre a produção de aves de maneira segura.

A importância desse diálogo é inegável, pois a união de esforços entre os setores público e privado pode ser decisiva para a contenção e erradicação da gripe aviária, garantindo não apenas a saúde das aves, mas também a segurança alimentar da população.

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